quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Concurso Público: quando vale a pena viajar para uma prova?

 

Antes mesmo de enumerar essas variáveis, gostaria de ensiná-los um conceito bastante utilizado em previsões, que é o de VALOR ESPERADO POSITIVO, vamos ver o que é? 


Hoje não trataremos de nenhum concurso público específico. O objetivo deste artigo é ajudar os amigos(as) concurseiros(as) a identificar oportunidades “escondidas” que surgem frequentemente e por vezes são deixadas de lado por serem em outros estados.

Antes mesmo de enumerar essas variáveis, gostaria de ensiná-los um conceito bastante utilizado em previsões, que é o de VALOR ESPERADO POSITIVO, vamos ver o que é? 

VALOR ESPERADO POSITIVO (EV+)

Vamos supor que você aposte em cara ou coroa. Caso dê cara, você ganha R$ 1,00. Caso dê coroa, você perde R$ 1,00. Podemos jogar por horas e ninguém terá vantagem sobre ninguém, haja vista a probabilidade de 50% para dar cara ou coroa, considerando que a moeda não seja viciada, correto?

Neste caso inicial, trata-se de mera SORTE e PERDA DE TEMPO, haja vista que ninguém terá vantagem sobre ninguém.

Agora, vamos supor que te ofereçam ganhos de R$ 1,10 cada vez que você ganhar e perdas de R$ 1,00 cada vez que você perder.

Se jogarmos a moeda 100 vezes para o ar, em média, você ganhará 50 vezes (R$ 55,00 de ganhos) e perderá 50 vezes (R$ 50,00 perdas), acarretando um LUCRO de R$ 5,00. Veja que essa oportunidade oferecida te trará mais VANTAGENS que DESVANTAGENS, portanto vale a pena APOSTAR! 🤩

Essa é uma definição grosseira, mas intuitiva do EV+, certo?

IDENTIFICANDO EV NOS CONCURSOS PELO PAÍS

Então, como transpor o conceito visto acima para o tópico tratado neste Artigo?

Pessoal, alguns fatores deverão ser verificados, e como o peso de cada fator varia de pessoa para pessoa, cada um deverá analisar qual o peso deverá ser dado para cada um, beleza? Podemos exemplificar alguns fatores (rol não taxativo) que devem ser considerados antes mesmo de CONSIDERAR fazer o Concurso, tais como:

a) Seu nível de preparação, considerando as matérias constantes do Edital;

b) Número de vagas;

c) Remuneração e progressão na carreira;

d) Quantidade de cargos vagos;

e) Histórico de nomeações do órgão;

f) Distância;

g) Gastos;

h) Concorrência;

NÍVEL DE PREPARAÇÃO ATUAL

Sempre analise se pelo menos 50% do conteúdo previsto no Edital já fora estudado anteriormente. Como sempre existem matérias novas, a maior parcela de seu tempo pós-edital deverá ser utilizado nessas disciplinas “diferentes”, ok? 

Ah, esqueça a frase “fazer para no que vai dar” quando se trata de concursos em outros estados! Hoje em dia, é ESSENCIAL deslocar-se de seu estado APENAS quando seu nível em questões/conteúdo/simulados estiver pelo menos igual ou superior a nota de corte dos últimos concursos para o mesmo cargo. Ninguém quer jogar dinheiro fora, não é? 

Se o seu concurso não sai há bastante tempo, a nota de corte estará DEFASADA, e por isso tente sempre controlar o seu desempenho colocando como referência MÍNIMA 80% de acertos nas questões.

NÚMERO DE VAGAS NO CONCURSO PÚBLICO E HISTÓRICO DE NOMEAÇÕES

Alguns concursos, inevitavelmente, trarão sempre um número de vagas reduzido. Os Tribunais, por exemplo, trazem constantemente em seus Editais 1 ou 2 vagas, além do Cadastro Reserva (CR). Agora imagine que saiu um certo edital em São Paulo (Tribunal de Justiça de São Paulo) com 845 vagas! Será que vale a pena fazer um concurso desses? Certamente, que sim! 😱

Além disso, é tradição deste Tribunal chamar além do número de vagas, haja vista ser um dos maiores do mundo, pessoal. Outro exemplo é o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que promete NOMEAR BASTANTE após a homologação.

Posso dar um testemunho de como essa análise faz diferença: fui nomeado no Tribunal de Justiça do Amazonas, e o Edital previa 70 vagas IMEDIATAS para a capital Manaus.

Imediatamente, pensei: quando vemos Editais de Tribunais assim hoje em dia? Embora os GASTOS e a DISTÂNCIA sejam maiores, coloquei na balança as VANTAGENS x DESVANTAGENS e vi que valeria a pena, considerando também o histórico de nomeações do Tribunal, sempre muito superior ao ofertado em Edital. 

Conforme previsto, um ano depois da homologação do Concurso e o Tribunal já chamou o DOBRO do número de vagas para a Capital. E vem mais por aí.

Concursos da região NORTE, por muitas vezes, chamarão ALÉM do número de vagas ofertadas, notadamente porque os concurseiros, muitos de outras regiões do país, desejam continuar realizando concursos para retornarem para suas casas, liberando vagas. Portanto, atentos a concursos desta região, gente!

Por fim, há também concursos com número de vagas baixo, mas com histórico de NOTAS DE CORTE baixo. Geralmente, são cargos mais “específicos”, como Peritos e cargos de Nível Superior em áreas específicas, como Arquivologia, Biblioteconomia, Economia, etc. Esses também valem a pena, dependendo da remuneração, beleza?

CARGOS VAGOS E VALIDADE DO CONCURSO PÚBLICO

Muitos órgãos disponibilizam em seus websites informações relativas a quantidade de cargos vagos.

Excetuando-se aqueles cargos em que o número de vagas é sempre muito baixo, notadamente devido às especificidades da função (Procurador do Tribunal do Contas, Conselheiros Substitutos de Tribunais de Contas, etc), o interessante é focar em Concursos com números altos de cargos vagos, aumentando, assim, a probabilidade de nomeações no decorrer da validade do concurso.

Ah, sobre isso: certames com validade muito curta (6 meses ou 1 ano) e que não dispõem de um grande número de vagas devem ser analisados com cautela. Caso ofereçam um número razoável de vagas com uma remuneração atraente para seus padrões, vale a pena! 🤑

REMUNERAÇÃO/PROGRESSÃO/CUSTO DE VIDA

Não vamos ser hipócritas, pessoal! A remuneração importa, sim! Algumas cidades têm o custo de vida altíssimo, e você não pagará para trabalhar, não é verdade? Coloque na ponta do lápis gastos com moradia, alimentação, transporte, lazer, energia, entre outros e verifique se a sua vida irá melhorar ou piorar caso você tenha de se deslocar definitivamente para esta cidade.

Aqui, vale uma observação: muitos cargos vêm com um Edital mostrando remuneração inferior ao que é realmente pago no contracheque.

Verifique no Portal da Transparência do ente federativo ao qual o órgão é vinculado e certifique-se qual o SALÁRIO REAL. 

Além disso, certos cargos começam com uma remuneração MUITO RUIM e depois do Estágio Probatório (3 anos) a remuneração fica bastante interessante, beleza?

DISTÂNCIA

Se você é uma pessoa desapegada, nem deveria colocar a distância como um fator importante. Entretanto, se você é um concurseiro que gosta de estar com a família constantemente, deve pensar em concursos que a remuneração o permita estar sempre em seu estado de origem, sem afetar sua qualidade de vida diária, não é mesmo?

OBS: Quanto mais disposto e aberto você for a se fixar na cidade nova, melhor! Dê uma oportunidade ao novo lugar, conheça os lugares até então desconhecidos, permita-se fazer novas amizades! ☺️

CONCORRÊNCIA NO CONCURSO PÚBLICO

Em termos gerais, a concorrência não deve afetar o mental do concurseiro. Apenas 10% dos candidatos que se inscrevem E pagam estão realmente preparados para as provas.

Entretanto, considere repensar se vale mesmo a pena viajar caso o número de vagas seja BAIXÍSSIMO(até 10 vagas) em concursos com histórico BAIXO de nomeações além das vagas + POUCOS cargos VAGOS, especialmente se você não estiver VOANDO nas disciplinas do Edital.

Nestes casos, a porcentagem nos exercícios deve estar beirando os 90%, beleza?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao colocar na balança todos esses fatores com seus respectivos pesos, você ao final deve ser capaz de responder a seguinte pergunta: VALE MESMO A PENA VIAJAR? Ao fim, o número de VANTAGENS não deve ser IGUAL ao número de DESVANTAGENS, mas sim SUPERIOR.

Lembrem-se do EV!

Em tempos difíceis como os que estamos vivendo, é importante economizar nosso suado dinheirinho, especialmente se você está desempregado, para aproveitarmos REAIS OPORTUNIDADES de Concursos.

Na minha opinião, os principais fatores a serem considerados são: número de vagas x histórico de nomeações x remuneração x custo de vida.

Além disso, em regra, não aconselho; fazer concursos em que a remuneração chega a ser igual ou inferior ao custo de vida daquela cidade, além de concursos em que o órgão é conhecido por não nomear além do número de vagas.


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